quarta-feira, 12 de julho de 2017

MUDANÇAS ESTRANHAS


Collado
MUDANÇAS ESTRANHAS  

O Verão incendeia
como se fosse lua cheia,
logo de manhã queima
reflectindo  nas ruas
miríades de luz.
As pálpebras fecham-se,
clemência, não é preciso mais.
De um ano para o outro
que mudança climática,
de golpe em golpe
avança a secura, o deserto.
Olha, os ramos mortos,
as flores que secam
sem brotarem,
os animais bebendo gotas
parando para se aguentarem.
Um calafrio pensando no futuro
a verdura uma recordação?
A trepadeira ressequida,

as ruínas da nossa incoerência.

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